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domingo, 17 de abril de 2011

Eu.

Eu moro na via cascata
no canto liberto do rouxinol
e na expressão amargurada
das gentes do bairro de lata
Vivo o poema desesperado
das crianças abandonadas
Das cidades incendiadas e dos sonhos destruídos
Moro no vento
no sussurro do mar
e no pensamento
que está por detrás daquilo
que não vês
Não me busques
porque é difícil encontrares-me
e se o fizésses
não me aceitarias.

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