Serão as inquietações uma forma permanente da vida?ou serão uma forma de vida permanente?será que temos de viver com a angústia a ansiedade a incerteza, ou tudo isso são fases mais ou menos longas que temos de aceitar como uma espécie de castigo do qual sairemos não se sabe bem quando, mas que nos dará depois uma outra forma de purificação e de reconhecimento por termos sido "bonzinhos" e pacientes o suficiente para recebermos o prémio final?
Se fôr o caso, aguardo com relativa paciência até porque aquilo porque espero, não considero de todo que seja algo transcendente ou impossível de alcançar, tipo euromilhões: aquilo
que anseio,é apenas e só um pouco de paz. e que uma vez por outra um
sonho se concretize. Sonhos simples de uma pessoa simples; não quero uma casa na praia porque já tenho um tecto para me abrigar, não
quero uma conta a transbordar no banco porque não tive pais ricos e nem
sequer sou deputada, não quero fazer grandes viagens, porque essas
faço-as nos sonhos que vou guardando.Quero PAZ! preciso de paz e sei que
tenho direito a tê-la. Na minha vida e no meu espírito.E a falta dela,
leva-me a este mar agitado a esta angústia quase insustentável, a esta
ânsia sem sentido, a este sufoco que aperta o peito e dificulta a
respiração.Podem dizer:"mas tens pessoas que te amam, tens saúde, que
mais queres? têm razão! que mais posso querer? PAZ! desculpem, mas é tão
somente isso que me falta: não tenho paz na minha vida. As incertezas
são muitas, o futuro é uma caixinha completamente opaca e a força vai
faltando. A força para acreditar, para ir mais além para poder
repartir. Às vezes, não sei muito bem se se trata de força, ou de fé, ou
das duas ao mesmo tempo.Talvez a fé não seja a suficiente.... talvez eu seja daquelas pessoas que só se lembram de Santa Bárbara quando faz trovões"....talvez mas a fé dos homens é feita à dimensão do seu sentir.
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